segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Epitáfio para um Poeta


Hoje, eu, diante de sua lápide começo a meditar:
Olho para os anjos que ornamentam a sua sepultura e imagino, se a imagem destes anjos (mármore sem vida) é capaz de superar em valor do riso da criança que você tanto exaltou.
Olho para as letras que dizem "Aqui jaz ..." mas como pode uma vida se encerrar com as palavras aqui jaz, principalmente, você que sempre uniu a sua vida à vida, de todas as coisas da natureza, você que nos transmitia tão belas mensagem ao olhar simplismente para a água a correr no riacho. Eu acredito que para os poetas jamais existirá um aqui jaz pois quando este morrer para os homens, a sua alma se unirá à natureza ajudando a inspirar a outros como você, acredito que a verdadeira guerra do homem é a procura da verdade através das belezas deixadas para ele.
Olho para a sepultura, negra sólida e fria e imagino no seu interior um corpo que ao se aconchegar ali para sempre, libertou uma alma que em matéria soube escrever e fornecer belas mensagens para todos os homens e agora vai inspirar os futuros poetas para que a beleza seja eterna.

Pedro Luiz Gonzaga

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