quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Ir ... mãos


Mãos que bravamente balançavam
O tosco cabo de uma enchada
Recentemente tristes recordam
Quão árdua foi essa jornada

O sol é o mesmo de outrora
E as mãos apesar da idade
Trabalhavam antes e agora
Para suprir a necessidade

O serviço com o tempo modificou
Assim como sua terra agora é passado
Mas a eterna recordação ficou
Apesar do trabalho ser mais pesado

Suspenso nas alturas lembrava
De sua terra amada e querida
E em tal ilusão mergulhava
Deixando no solo a própria vida

A queda foi muito violenta
Diziam os seus companheiros
A iniludível também chega lenta
Após os suspiros derradeiros

Mãos que bravamente balançavam
A colher de um pobre pedreiro
Cruzadas sobre o peito estavam
Pois foi este o gesto derradeiro

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