segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Timidez


Estrela solitária
Pequenina chama que no céu cintila
Só lutas contra a imensidão negra do firmamento
Sombras através da eternidade envolvem-te
Quase não se pode perceber seu luzir.

Distante, bem distante notam-se outras que
Unidas emanam luminosidade abundante e
Unidas dissipam com mais facilidade o
Manto negro do firmamento.

E assim através de incontáveis eras estarão
Sempre unidas
Grandes mundos que se tornam ainda maiores
Com a presença de outros.

Mas que adianta tanta grandeza se eles não
Conseguem ser autênticos,
Se toda a luz que emitem possui força devido o
Luzir de outros.

Mas tu não minha estrelinha, o seu luzir é autêntico,
Pois estás só, a única companhia que possuis é o teu
Próprio mundo e tu te ocultas no interior
Quantos mistérios encerram dentro dessa pequenina
Brasinha suspensa na amplidão.

Saiba que abaixo, bem abaixo, existe um ser que toda noite
Se envolve só no manto negro para admirar-te,
Pois apesar de sermos diferentes, distantes e sós
Estaremos eternamente unidos pela mesma timidez.

Pedro Luiz Gonzaga

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